Capítulo 523
Isabella, corre pro hospital! Não há tempo para explicações, vai logo!!!
Era Mário Lopes quem ligava.
Mário sempre foi uma pessoa calma e reservada, então algo sério deve ter acontecido com Dona Zilda para deixá-lo tão aflito!
Imediatamente, o som de um carro esportivo ecoou pela Vila Costa.
Naquele momento Nair Pires tinha acabado de se levantar para beber água e quando ouviu o barulho olhou pela janela e viu o
contorno de uma Ferrari vermelha se afastando em alta velocidade.
Para onde Isabella foi naquela noite?
O que teria acontecido?
Isabella pressionou o acelerador até o fim, deslizando pelas ruas vazias da madrugada.
O que normalmente levaria meia hora, ela fez em dez minutos, chegando ao hospital e parando bruscamente na entrada,
assustando a enfermeira que a aguardava.
Por pouco, o carro não a atropelou!
Ela recuperou a respiração e se apressou: “Sra. Isabella, que bom que você chegou! O Dr. Mário me pediu para esperar aqui,
ele disse que sua avó está em estado crítico e já... Nós perdemos o momento perfeito para ajuda!”
Isabella ficou atônita e apressou ainda mais o passo em direção ao quarto 301.
“Sra. Isabella, me espere...” a pequena enfermeira tentava seguir, mas não conseguia acompanhar seus passos.
Como um vendaval, Isabella chegou ao quarto 301 e ao abrir a porta, não havia mais ninguém lá.
“Sra. Isabella, para a sala de cirurgia! Por favor, troque-se para a cirurgia, rápido...” outra enfermeira chamou.
Isabella vestiu o avental esterilizado o mais rápido que pôde e ao entrar na sala de cirurgia, todos os monitores indicavam que a
situação de sua avó era desesperadora. “Infarto do miocárdio com rutura cardíaca! Rápido!” a voz de Mário a trouxe de volta à
realidade.
Um infarto com rutura cardíaca é uma das complicações mais graves do infarto do miocárdio.
Quando ocorre é extremamente perigoso, com uma taxa de mortalidade que pode chegar
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a 100% em pouco tempo, muitas vezes sem chance de chegar ao hospital.
Felizmente, Dona Zilda estava no quarto do hospital quando teve o infarto, e foi prontamente levada à sala de cirurgia pela
enfermeira que a encontrou.
Antes de Isabella chegar, Mário já havia realizado a abertura do peito da avó, cateterizado a artéria femoral e aberto o
pericardio, mas o problema é que havia um grande volume de coágulos sanguíneos dentro do pericárdio.
E então, uma complicação inesperada piorou a situação.
“Complicação, fibrilação ventricular!” um médico alertou, ansioso.
Isabella não hesitou, “Desfibrilação.”
Não demorou muito para o médico respirar aliviado, “Desfibrilação bem-sucedida, o coração voltou a bater, a pressão arterial
subiu para 70 mmHg.”
“Eu cuido dos coágulos!” Isabella se prontificou.
Os médicos que a haviam visto lidar com aderências e coágulos sabiam de sua habilidade e confiaram a tarefa a ela.
Após tratar os coágulos, Isabella recomendou a instalação de dreno venoso para instalação de circulação extracorpórea, mas
logo surgiram mais notícias ruins.
O médico relatou “Problema, a pressão arterial está caindo de novo!”
Isabella manteve a calma, “Bloqueie a aorta ascendente e administre a solução cardioplégica para induzir a parada cardíaca!”
“O bloqueio foi bem-sucedido, a solução cardioplégica foi administrada.”
“Exploração externa da aorta ascendente.”
Seguindo as instruções de Isabella, um médico explorou a aorta, “Exploração concluída, sem sinais de hematoma intramural ou
dilatação significativa.”
Isso excluiu a possibilidade de ruptura da aorta ascendente.
Isabella observou o leve aumento do arco aórtico, “Não há dissecção aórtica, descartada a ruptura da aorta, proceda com a
proteção hipotérmica cerebral.”
Esse procedimento foi adotado para prevenir danos cerebrais causados por isquemia durante a cirurgia de sua avó.
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