Capítulo 557
Isabella estava de pé na frente de todos, liderando os convidados em uma reverência
coletiva.
“O funeral acabou, a familia agradece...”
Isabella se virou e, enquanto os convidados deixavam o cemitério, ela se curvava em agradecimento, um por um.
Todos os convidados foram convidados a um restaurante próximo da família Neves para um almoço em honra do falecido,
seguindo a tradição.
Quando os convidados partiram, Isabella olhou novamente para a lápide, incapaz de resistir a se aproximar, ajoelhar-se e tocar
gentilmente a fotografia:
Era uma foto de Eloá de alguns anos atrás, que Isabella transformara em preto e branco.
O tempo não deixara marcas de sofrimento no rosto da idosa, apenas a ternura e a elegância em seu olhar.
-A onda de tristeza de Isabella ameaçava engoli-la, mas ela se segurou com força..
céu ao seu lado, você não deve se sentir sozinha. Agora vou me dedicar à medicina, para salvar mais pessoas. Fique
tranquila.”
Ela acariciou a foto e disse suavemente: “Vó, com o vo n
Nesse momento, alguém se ajoelhou ao lado de Isabella.
Ela olhou para trás e viu o perfil de Célio.
“Vó, ainda não tive a chance de me apresentar oficialmente. Meu nome é Célio, sou o noivo da Isabella.”
Isabella não esperava que ele tivesse ficado, e voltou seu olhar para a lápide, dizendo suavemente: “Vó, este é o Célio que eu
mencionei pra senhora, ele é muito bom para
mim.”
“Vó, pode deixar a Isabella comigo. O senhor e a senhora podem descansar em paz. Eu cuidarei dela, protegerei e mimarei ela
por toda a vida. Meu avó também a adora, ela é a nora que a Família Franco escolheu, e aqui connosco, ela não sofrerá.”
Ao dizer isso, Célio pegou a mão de Isabella: “A gente faz uma reverência juntos para a Vó?”
“Claro.”
Isabella e ele se inclinaram juntos, batendo a cabeça no chão três vezes em respeito, antes de se levantarem e dizerem em
uníssono: “Vó, descanse em paz.”
Ao saírem do cemitério, viram uma figura envelhecida, parada do lado de fora da grade,
10:48
olhando na direção da lápide, relutante em partir.
“Leno, você ainda está aqui?” Isabella se aproximou e percebeu que Leno Abreu já estaval com os olhos vermelhos.
“Eu, eu vou esperar mais um pouco...” A voz de Leno Abreu engasgou, e ele apertou um lenço de papel nas mãos. Depois de
enxugar as lágrimas, disse com uma tristeza profunda: “Vão em frente e recebam os convidados, eu chegarei em breve...”
Isabella assentiu: “Se cuide.”
Ela se despediu e disse ao assistente de Leno Abreu: “Cuide bem do vovô.”
“Sim, Sra. Isabella.”
Célio protegeu Isabella enquanto subiam no carro, lançando um último olhar para Leno Abreu, que estava curvado, como se a
partida de Eloá fosse o peso final em suas costas.
Sua silhueta parecia tão desamparada quanto desa.
Lembrando-se do dia em que a avó partiu, Leno Abreu havia desmoronado em lágrimas no hospital, algo que ia além da
amizade.
Será que Leno Abreu amava ou sempre foi apaixonado pela avó em segredo?
Com esse pensamento, já no carro, Célio disse a Isabella: “Leno parece muito triste, ele e
a vó eram...”
“Eles foram um casal que foi forçado a se separar.”
Como Célio havia suspeitado, era exatamente isso.