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Aurora Dourada: Retorno By Ricardo Almeida

Capítulo 573
Isabella percebeu que alguém falava com ela e deu uma olhada. Era um calouro, vestindo uma farda militar, parecendo um
pouco nervoso.
“Desculpa, não posso.”
Ao ouvir Isabella dizer isso, o rosto do rapaz ficou ainda mais vermelho, murmurou uma desculpa e saiu apressado, enquanto
seus amigos riam às gargalhadas.
Depois de um tempo, outro veio pedir o WhatsApp de Isabella, que não deu e ainda disse para ele ir estudar direito. As três
amigas próximas não conseguiram conter o riso.
No caminho de volta para o alojamento, vários rapazes tentaram puxar papo com as quatro, mas Isabella era a mais solicitada
para trocar contatos no WhatsApp.
Nos dias seguintes, além de exercícios militares como marchar e ficar em posição de sentido, os instrutores ensinaram a turma
a praticar capoeira.
Durante um intervalo, Geovana se afastou por um momento e voltou com os olhos vermelhos de choro.
“O que aconteceu?” Poliana foi a primeira a notar algo estranho e colocou a mão no ombro dela. “Não foi só ao banheiro? Por
que está chorando?”
Poliana não teria perguntado se Geovana não estivesse chorando. Ao ser questionada, Geovana balançou a cabeça, incapaz
de falar. Isabella lançou um olhar preocupado para ela. “Precisa de ajuda?”
Geovana balançou a cabeça negativamente.
“Atenção, todos de pé-”

Nesse momento, o instrutor Jeferson assobiou, anunciando o fim do intervalo.
Poliana sussurrou para Geovana: “Você está bem? Quer que eu peça uma licença para você?”
Geovana balançou a cabeça novamente.
Continuaram a praticar capoeira, mas conforme o sol se punha, a exaustão tomava conta dos alunos, e os movimentos já não
saíam corretos.
Isabella, Francisca e Poliana observavam Geovana de vez em quando, notando sua distração e o olhar apagado, como se ela
tivesse sofrido um grande baque.
O instrutor da turma ao lado, Thiago, não conseguiu conter o riso, pois seus alunos estavam indo muito melhor.
Ele assobiou alto e disse: “Antônia Serra, saia da fila e vá ensinar a turma ao lado, deixe o instrutor Jeferson descansar.”
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determinado de quem não aceita derrota facilmente.
“Sim, instrutor!” Antônia, que aceitou o desafio, era vigorosa e bela comum ar

Jeferson ficou furioso, imaginando como poderia ser desrespeitado por um calouro.
No passado, ele e Thiago sempre competiam, e agora Jeferson lançou um olhar ameaçador: “Quem precisa dos seus calouros
para ensinar?”
“Oras, meus calouros são bons! Será que vocês têm alguém melhor? Quer tentar um desafio?”
Jeferson olhou para os seus “calouros”, que permaneceram em silêncio...
Eles já tinham visto Antônia liderar a outra turma e sabiam que ela era boa...
Eles sabiam que iriam apanhar...
“Que seja ela.”
Para surpresa de todos, Antônia ignorou os instrutores e apontou diretamente para Geovana no meio da multidão, porque ela
parecia um alvo fácil.
Jeferson perguntou a Geovana: “Você consegue?”
Geovana se levantou. “Aqui presente, instrutor. Eu quero tentar.”
Antônia sorriu, satisfeita. “Espero que não chore se eu te machucar sem querer.”
As duas turmas começaram a torcer e gritar, apoiando suas representantes.
Geovana mal subiu ao palco e já havia sido atingida na cabeça por Antônia, seguida de

um chute.
Francisca, sentada abaixo, viu os movimentos precisos e fortes de Antônia, sem dar chance a Geovana, e não pôde deixar de
dizer: “Isso é demais, estamos só treinando, precisa disso?”
“Nos exercícios, é preciso saber a hora de parar. Ei, você aí, está exagerando!” Poliana também não conseguiu se conter.
“No campo de batalha não há regras, vocês nunca ouviram isso? chute que derrubou Geovana no chão.
Antônia deu outro
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