Aurora Dourada: Retorno By Ricardo Almeida

Capítulo 622
ra conversar pessoalmente?”
Mário hesitou: “Tem um tempinho pra conversar pessoalmente?”
“Pode falar o que você quer pelo telefone, estou ouvindo.”
O olhar de Mário escureceu, ele ficou em silêncio por um momento e então falou lentamente: “Eu vou embora do país.”
Isabella ficou surpresa, tão de repente?
“Eu pedi demissão do hospital, meu vôo é à tarde” disse Mário, com um sorriso amargo nos lábios.
“Pra onde você vai? Por que essa pressa toda?”
Assim que Isabella fez a pergunta, Célio apertou sua mão firmemente. Ela olhou para cima e viu o homem cheio de ciúmes e
um aviso tácito...
Parecia que Isabella percebeu que ele não estava contando toda a verdade. Suas sobrancelhas se franziram levemente: “Isso
não é motivo para você ir embora.”
Fazer horas extras era rotina para ele, ele não iria pedir demissão por causa disso, era muito estranho.
Célio interveio: “Você o conhece tão bem assim?”
“Houve algum problema?” Isabella perguntou suavemente.

Mário não esperava que a menina fosse tão sagaz, enganá-la não era fácil.
Antes de conhecer Isabella, ele realmente estagiava no Hospital Ventoso, mas nunca fazia horas extras...
Até que Isabella chegou.
Naquela época, a avó Dias piorou, e a menina visitava o hospital todos os dias, mas em horários inconsistentes, às vezes pela
manhã, às vezes à noite.
Para passar mais tempo com a menina, ele se ofereceu para fazer horas extras e até cuidou especialmente da Vó Dias.
Certas vezes,
s, após várias cirurgias em um mesmo dia, ele mal tinha tempo para comer e ainda tinha que dedicar muita energia para lidar
com as emergências de avó Dias, pesquisando planos de tratamento para ela...
Mas naquela época, ele não se sentia cansado, pelo contrário, estava feliz por poder comer e conversar com a menina...
Mas desde quando Célio começou a aparecer ao lado de Isabella?
Depois que avó Dias faleceu, Isabella também parou de visitar o hospital, e a frequente
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comunicação deles foi substituída por nenhum contato...
Quantas vezes ele se anestesiou com horas extras.

E quantas vezes ele pegou o celular, apenas querendo ouvir a voz da menina, mas ele não podia, ele não tinha o direito.
A menina se transformou, tornando-se a noiva de Célio...
Ficar nesse hospital não fazia mais sentido para ele, só iria adicionar tristeza.
“Você está pensando demais, só não quero mais trabalhar lá, não tem outro motivo.”
Mário não pretendia dizer a verdade, e Isabella não continuou perguntando, mas essa decisão repentina deixou Isabella com
uma sensação amarga no coração.
“Então, quais são seus planos para o futuro?” Isabella perguntou calmamente.
“Sou filho único da casa” Mário sorriu: “Depois que eu me divertir o suficiente, vou assumir os negócios da família para dar um
descanso para meus pais.”
Ele era o único herdeiro da família Lopes, seu avô era um renomado médico, sua avó uma famosa professora de medicina na
universidade, seu pai dirigia um dos três maiores grupos farmacêuticos do país e sua mãe possuía mais de trinta hospitais
particulares...
Crescer com uma colher de ouro na boca era algo natural para ele, trabalhar como médico no Hospital Ventoso era abaixo de
seu potencial.
“Quem sabe a gente não se encontre no mundo dos negócios” Mário disse sorrindo: “Seu GrupoViva Farmácia é um forte
concorrente da nossa família Lopes.”
Ao ouvir isso, Célio olhou para Isabella. Ela tinha fundado a Viva Farmácia?
Ele nunca tinha ouvido falar disso antes...
Mário sabia de coisas que ele não sabia!
Isso o deixou com ciúmes!
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