Aurora Dourada: Retorno By Ricardo Almeida

Capítulo 518
Eu sei que você não precisa de dinheiro e que seu noivado vai estar cheio de todas as delicias, por isso eu te fiz um conjunto de
roupa de cama especial, com capa de edredom, fronhas para os travesseiros, todos bordados com imagens de casais de
pássaro, simbolizando o amor e a união duradoura entre marido e mulher...”
Yolanda revirou os olhos, esperando algo realmente interessante, e achou ter perdido sel tempo ouvindo um monte de
bobagens!
“Não preciso dessas coisas, pode levar de volta!” Caterina Dias, apoiada no braço de Yolanda, estava prestes a entrar em casa.
“Caterina!” Flávia chamou ela apressadamente, observando a silhueta da filha, com lágrimas nos olhos, “Esta é a última vez
que venho te ver, e não vou aparecer mais... Aceite isso e eu irei embora!”
Era o seu último presente de casamento para a filha que um dia criou.
Caterina Dias, impaciente, fez um sinal para a empregada, que arrancou a sacola dos braços de Flávia.
A ação brusca e o olhar de desprezo certamente pisotearam a dignidade de Flávia.
“Minha senhora já aceitou, o que mais você quer?”
“Caterina...”
Flávia mal teve tempo de falar, e Caterina Dias já estava impaciente, “Eu já aceitei, o que mais você quer? Não vê que estamos
machucadas? Queremos entrar para desinfetar os ferimentos e passar pomada, pode ser?”

As lágrimas turvaram a visão de Flávia, que assentiu com a cabeça e voz embargada, “Desejo-te felicidade.”
Caterina Dias ficou tensa de repente.
“Chame a administração do condomínio, diz eles para ficarem de olho e não deixarem qualquer pessoa entrar!” Yolanda agiu
como se já fosse a dona da casa.
Flávia não havia ido muito longe quando ouviu as palavras de Yolanda e riu de si mesma com ironia.
Durante anos, ela trabalhou duro para criar Caterina Dias até os dezoito anos.
Depois que Caterina Dias foi reconhecida por sua verdadeira família, Wilson Dias e Yolanda quiseram dar ela uma recompensa
de cem mil reais, mas ela recusou, querendo apenas visitar Caterina Dias de vez em quando. Contudo, Caterina Dias não
reconhecia ela mais e não queria mais laços com ela, e a família Dias também não permitia suas visitas.
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Capitulo 518
Ela insistiu e foi algumas vezes, mas sempre foi expulsa pela empregada...
Embora soubesse que Caterina, agora reconhecida por sua família e vivendo uma vida de luxo, certamente tinha uma vida
melhor do que antes...
A indiferença de Caterina ainda magoava ela profundamente.

“Que coisa horrível! Que bordado mais feio!” A empregada, ao entrar, abriu a sacola e tirou o as coisas estava dentro,
desdenhando enquanto olhava, “Parece que a familia Dias não pode se dar ao luxo de comprar roupa de cama decente, e que
foi comprada em uma banca de rua!”
Yolanda lançou um olhar frio e disse secamente, “Jogue fora!”
Como Caterina Dias poderia dormir com roupa de cama tão áspera como essa quando casar? Teria pesadelos!
Caterina Dias deu uma olhada nos pássaros bordadas na fronha, lembrando-se de quando Flávia, para pagar sua escola,
passava noites bordando à luz da lâmpada.
Flávia bordava lindamente, e seus pássaros eram sua especialidade, tão vivas que, naquela comunidade carente, todos
queriam que Flávia bordasse um par de fronhas para celebrações.
Flávia ganhava um extra com isso, pagava as mensalidades e ainda comprava doces para a sua filha.
Essa vida humilde era um mundo à parte da família Dias!
que
A empregada jogou as roupas de cama na lixeira, não sem antes demonstrar seu desdém. “Quando a Senhora Caterina se
casar na família Duarte, com certeza vai usar o há de mais moderno, mais confortável e mais bonito em termos de enxoval! Eu
digo que aquela Flávia fez de propósito para deixar as pessoas da família Duarte saberem que a moça tem um passado que ela
preferiria esconder! Fez questão de pegar essas coisas nojentas para repugnar a todos! Quer fazer com que a Senhora
Caterina se sinta desconfortável ao ver isso!”
Yolanda não queria ouvir mais nada sobre Flávia e, com um gesto de sua mão, disse: “Vá buscar o kit de primeiros socorros.”